31.8.09

Carta a um amor que (não sei se) se foi

Perdemo-nos nessa viagem
Uma viagem que não podemos prever o fim
O amor não acabou, o carinho não acabou
Acabou o lirismo, o encontro dos pensamentos
A descoberta da sincronicidade
A vontade de cantar a todo o momento
E de esperar dormir pra recitar poemas
Ver tudo de forma singular, que só os amantes de um coração conseguem.
O deitar a cabeça no ombro e o sorrir de canto de boca

É tão difícil aceitar o fim!
Culpa (perdão, Nietzsche, eu pequei!)
Responsabilidade, cobrança
Coisas que têm ocupado lugares mais nobres do que merecem
E que só com a descoberta interior se desvanecem
Expulsar nossos monstros
E guardar outros bem lá no fundo
Para que nunca possam sair e nos envergonhar do que podemos ser

No final, há sempre crescimento
Porque o bom está em tudo e até na maior das dores
A atitude é companheira do bom (que eu nunca a abandone)
Que nunca me falte atitude pra acreditar com a alma
Que nunca me falte atitude pra reconhecer um erro
Que nunca me falte atitude pra voltar atrás seguindo em frente
Que nunca me falte atitude pra viver o que há de mais bonito
E para desvelar todas as verdades escondidas.

Ainda posso te sentir e chorar de saudade,
Pensar nos momentos divididos e nos apelidos,
Nos amigos e naqueles que amamos juntos
Só preciso saber por onde me perdi
Quando começou a solidão acompanhada
Os valores que deixei de lado
E o que preciso resgatar pra voltar a sorrir
Para que eu possa de alma leve,
Totalmente entregue,
Voltar mais uma vez a amar.

Um comentário:

Unknown disse...

Nessas horas, penso no maior ensinamento que o meu pai poderia ter me dado.

Você lembra dele?